Bom, precisava apenas de uma deixa, já que a minha falta de organização não me permitia manter uma relação literária com folhas avulsas. Folhas avulsas são perdidas com o tempo e com elas a minha essência, um pouquinho de mim está em cada texto que faço, e seria uma lastima perder esses pensamentos, até porque sou muito desprovida de memória. (OBS: Todos os textos são de minha autoria)
terça-feira, 6 de novembro de 2012
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Tempestade existencial.
Chovia forte (Muito forte) o céu estava
nublado por completo, não passava das 15h, mas a sensação era mais densa, o céu
repleto de nuvens com cor de fumaça, como quem tragou mil cigarros e soltou na
atmosfera.
Chovia tanto, gotas grossas, chuva de granizo
de água ardente, parecia com as dos meus drinks, mas no momento eu bebia Uísque
quente, quase aproveitei a tempestade para acrescentar no meu copo o que me
faltava na geladeira.
Sentado no chão de casa observando a
tempestade formulando alto, qual quer coisa...
-Ora Deus, não sei se realmente
existe
Mas me cura as feridas da vida, ando sempre muito triste.
Por atos inconseqüentes me encontro aqui agora
Jogado bebendo Uísque, observando o movimento lá fora
Sou um depressivo rejeitado, me cura isso também
Me leva embora logo dessa vida, é a única saída que me
convém.
Compulsivamente fumando um cigarro atrás do
outro, em quanto houver Uísque nesse copo um maço era pouco.
Minha mente já começava a pesar, observando o
céu nublado, me sentia um tanto culpado, imagine se todas as nuvens supostas
fumaças, eram os meus pulmões que as soltava?
Não contente com a paranóia, óbvio que meu
copo não podia ficar vazio, outra dose outro cigarro, e foram horas compulsivas
de um gole e mais um trago. Chovia, ventava o tempo estava péssimo, maldita
tempestade, e tentava formular mais qual quer verso.
Só saia nostalgia, palavras grotescas com
rancor. Chovia, trovejava e doía, pois no meu peito é que era toda essa tempestade.
Nuvens densas de Marlboro e litros contados em gotas de Uísque quente, numa
junção de decepção, que não se cura com água ardente.
Não me alugo mais para esse amor
Hoje eu
estou inabalável, hoje eu estou irreconhecível. Não, eu não quero saber como
foi o teu dia, como esta o teu humor, tirei o dia para reconstituir-me, eu sou
a minha prioridade eu sou a minha ultima esperança, eu sou o meu porto seguro,
sou o meu guia. Primeiro EU, segundo EU, terceiro Eu.
Negligentes
de Afeto
Apego-me muito fácil, talvez seja este ponto
onde peco, ou talvez seja uma combinação de se apegar a quem definitivamente
esta fora de merecer qual quer tipo de afeição que eu possa criar. Negligentes
de Afeto seria a palavra, talvez não seja um erro totalmente meu.
Talvez seja sim, meu erro se apegar rápido, e
esperar dos outras coisas que talvez eu, não fosse capaz de lhes proporcionar.
Acho que eu peco em pensar que preciso de alguém pra ser feliz, em depositar
toda a minha felicidade em terceiros, e que preciso dos mesmos para preencher o
oco do peito.
Talvez eu deva por em pratica certas coisas
que na teoria eu sei, como: ‘’Não procurar alguém que me complete, completar-me
a mim mesma, e procurar alguém que me transborde’’ ou coisas do tipo. Ou
melhor, apagar de vez pensamentos contraditórios a esse.
Talvez, talvez...
Talvez.
Na teoria sempre tudo é tão fácil, mas desta
vez eu realmente estou disposta a por em pratica. Chega de me sentir vazia,
quero equilibrar meu ego e meu coração. Daqui pra frente, me apegar, sim. Mas
de uma forma que não me sufoque, não me limite e não me enclausure em
pensamentos desnecessários.
E se não for recíproco? Ora, o mundo está
cheio de outras pessoas, e outros sentimentos e outras oportunidades.
Melancólica de
alma vazia
Nada mais
faz sentido, nada se encaixa nada me sacia nada me toca
me comove, Não sinto nada, não vejo nada, não ouso nada. E me perco no meio
desse vazio imenso, nesse corpo oco, nesses olhos mortos, nessa boca sem vida,
me perco no labirinto branco, de paredes iguais, de curvas bruscas, de tamanho
pequeno, dia a pós dia, e nada continua a fazer sentido, a se encaixar a me saciar
a me comover, continuo perdida no dilema da existência, na crise absoluta de
ter de tudo e não ter nada. Absolutamente nada.
Pessoas são
imprevisíveis (Dialogo)
A: E como vai a vida?
Por um
segundo achei que fosse ironia, por um segundo eu realmente achei que fosse, ou
eu queria que fosse eu realmente queria que fosse. Mas depois de tanto tempo de
convivência, aprendi a ler sua mente através de seus olhos. Que no momento
transparecia sinceridade.
Sabe quando
uma pessoa entra em sua vida e vira tudo (Absolutamente tudo) de pernas pro ar?
Nada ficou no lugar. E o meu peito oco, ecoava nostalgias.
B: Bem, e você?
Não valia a
pena, eu podia fazer um escândalo, mas não. Eu poderia ao menos ter dito a
verdade, mas não. Fui fraca, fui muito fraca. Foi mais fácil afirmar estar
‘’Bem’’ do que explicar todas as razões por não estar, que no caso era ele.
A: Que bom que esta bem, eu estou ótimo.
Por um
momento passou pela minha cabeça que ela mentiu, ela não estava bem, mas depois
de anos de convivência não tem o porquê de omitir qual quer sentimento, ela era
forte, ela é forte.
Tentei
ironicamente, dar uma pista.
Sinto muito a falta dela, é incrível como consigo
admitir isso a mim mesmo, menos pra ela.
B: ... Pois
é... Até qual quer dia então...
A: Até.
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