terça-feira, 30 de outubro de 2012


                                                   Nostalgia.                                          


  Em uma curta varredura mental, procura a Nostalgia, porém não a encontro. Em um suspiro profundo, daqueles que se perde a noção e chegam a lhe doer os pulmões, um súbito aperto no coração, te escancara às feridas da alma.
   Chega a lhe escorrer uma lagrima sem pretensão. Dos olhos cansados a lagrima escorre traçando em zig zag  um caminho turvo, da qual teu rosto cansado é a pista e o sucos faciais  são os obstáculos, até chegar ao canto do queixo.
  Com um olhar sem vida, fixo. Com quem se encontra em um transe profundo, não se incomoda com a tal lagrima, nem se quer se da ao trabalho de limpa-la com as costas da mão, logicamente pelo fato de não ser a primeira nem a ultima.
  Ainda imóvel, fecha os olhos, e os aperta forte o suficiente para que outra lágrima inconveniente não escape. A lágrima se desprende, toca o chão abrindo uma cratera de amarguras.
 Como pode, em apenas uma lágrima conter tanto de sua essência?  Uma espécie de DNA da vida. Lágrima sofrida, que ocultara e a enclausurara no peito, daí o súbito aperto que lhe estampou na cara, vestígios da maldita nostalgia que não encontrava.

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