Incógnita da Vida
O amor dele era livre
Feito pardal ou
vira-lata,
Voava, andava sem
pretensão
De chegar a
determinado coração.
No peito rasgava a
incerteza
Seus sentimentos
contradiziam
A própria consciência
Não sabia viver para
alguém,
Não sabia viver sem
ninguém.
Em relação a certo ou
errado
Fascinava-se pela
indecisão
Ocultos sentimentos
oprimidos
E por dentro se
matava...
Só para renascer
bastardo pardal,
Que se entrelaçava,
acasalava se reinventava.
Até que um dia,
esquálido mundo o encontrou
Surgira semelhante pardal
fêmea e renegou o teu amor.
Faceira, sairá e
desaparecera.
E de presente uma
Incógnita maldita
Presente de grego
Desta desnecessária
pardal bendita.
Confuso,
Mente doentia, doença
terminal,
Suava frio do medo
que sentia,
E que tanto lhe fazia
mal.
Contemporâneo,
regressão de sentimentos
O cão que ladrava
E despedaçava a carde
sem exitar
Seu peito ficou oco
Sentimento remoto
Lastimável pardal
bastardo
Que acasalava e
exalava solidão
Omite e enclausura a
realidade
Da pardal fêmea,
E de seu peito que
doía de saudade,
E que seus olhos de
Rapina fingem não enxergar.
Lastimável regressão
sobre seus próprios conceitos
O cão que ladrava e
despedaçava
Teve parte de seu
músculo dilacerado
Que confinou e
ocultos de si mesmo
A dor.
Calou-se e sofreu.
Desfaleceu o desejo
da alma ex-amante
Fracassado e
rejeitado por seu amor platônico
Pobre pardal bastardo
calou-se
Se contradiz-eu e
mesmo assim não renunciou o seu amor,
No apogeu de sua
vida, o bastardo sofreu de amor
E não era recíproco
(Dó)
Repudiou Três vezes
seu coração,
E cancelou ali mesmo
toda aquela dor
Sábio pássaro
selvagem
Enfim desvendou a
Incógnita da Vida
Em um épico
crepúsculo
Decepou-lhe a própria
cabeça
Pois o coração é só
um músculo.
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